Por: CLEBERSON EDUARDO DA COSTA

Falar da existência de Deus de uma forma filosófica, embora para alguns possa soar como um paradoxo, é algo mais natural do que falar sobre qualquer outro assunto usual dentro da filosofia, exatamente porque não foram poucos os filósofos que, direta ou indiretamente procuraram, ao longo da história e/ou da história da filosofia, abordar o tema. Ou seja, no cerne de toda especulação filosófica em relação ao homem, seja nos aspectos relativos à sua natureza humana; seja no que se refere propriamente à sua condição humana, ela sempre esteve presente, ainda que muitos filósofos, ao longo da história da filosofia, tenham sido considerados ou autodeclarados ateus.

Nesta obra, sendo assim, discorreremos sobre os pensamentos daqueles que, além de grandes filósofos, eram também notadamente teólogos, como Soren Aabye kierkegaard, Gabriel Marcel, ambos da corrente existencialista; e também sobre os de outros, como Santo Agostinho, Santo Tomás de Aquino, Aristóteles, Platão, etc. Numa outra via, abrimos espaço para as proposições da filosofia Cristã, no que se refere às vertentes pregadas por Jesus Cristo.

“Teoria Filosófica da Existência de Deus”, portanto, possui mais respaldo teórico e fundamentações epistemológicas, além de bíblicas, do que passam pensar alguns. Abordar-se-ão os trágicos processos que envolvem a existência humana, especificamente àqueles que dizem respeito às náuseas e/ou angústias desenvolvidas pelo ser a partir da percepção de que se vive uma espécie de “marcha para a morte”, isto é, de que ao nascermos começamos a morrer.

Procurar-se-á também, na mesma via, compreender o homem como aquele que, na mesma medida que precisa estar em sintonia com Deus, precisa também de humanização, de educação e/ou de emancipação intelectual.

Nesse sentido, o entendimento do Homem sobre Deus é exatamente o que deve lhe impelir a querer renovar-se pela renovação do seu próprio entendimento.

Em outras palavras, o entendimento do homem acerca de Deus deve levá-lo a não querer conformar-se com esse mundo, mas a querer transformá-lo, exatamente ao buscar querer transformar-se.

Entender a existência de Deus, sendo assim, passa pelo processo de querer conscientizar-se criticamente a respeito de si e de mundo; por querer conscientizar-se da realidade em que se vive, isto é, 1- por querer conscientizar-se para poder conquistar a condição de poder participar dos assuntos da polis; 2- por querer conscientizar-se para poder ser capaz de aprender a respeitar às diferenças, etc.

Esperamos que esta obra possa fazer com que se levantem questões relevantes no que se refere à preservação da vida, não somente humana, no planeta, etc. Ou seja, que possa fazer com a sociedade reflita sobre as tragédias e catástrofes sociais experimentadas até aqui, consequentes do Individualismo, da Meritocracia, da Mercantilização de todas as coisas, das políticas de Estado Mínimo, das ideologias de Consumo, corroborando no que hoje se vê: Intolerâncias, Nacionalismos exacerbados, Terrorismos, Biocídios, Xenofobias, etc.