Por: Anderson D. F. de Almeida

Caro leitor, este livro é um só poema, um só bloco de idéias, é uma obra completa, da qual não se pode nem tirar nem por, devido ao seu contexto. Neste grande poema narrarei à estória de um homem que mora em uma casa de campo próximo ao um precipício e que através de uma caminhada, em um dia fatídico acaba por descobrir três estágios de uma vida.

Essa caminhada começa dentro de um estúdio, no qual o ator principal observa os objetos que sempre utilizou para trabalhar tomando vida, e os descreve em forma de poema, em forma de vida personificada. E nesse momento o mais importante para ele são os aspectos perceptíveis, melhor dizendo, o gosto, o som, o tato, o cheiro e a imagem, como se ele fosse uma criança pequena descobrindo a descobrir o mundo.

À tarde, ele decide sair e começa a caminhar pelo quintal e relaciona-se com animais, contudo, esses animais são tão diferentes que até parecem pessoas. Pessoas como aquelas que começamos a conhecer quando saímos de casa na adolescência, quando descobrimos a sociedade.

E à noite esse homem como um bom velho já está cansado de tudo e de todos, então caminha mais um pouco por um caminho de pedras cinza e acaba por se jogar num abismo, e ao lançar-se no precipício vê a sua vida passar por entre seus olhos, chora, sorri, dança e morre.

Esse fluxo, porém, ocorrem todos os dias com um poeta, com aqueles que desejam ser deuses que criam, mantém e matam. É preciso procurar respostas às questões sem solução, é necessário ter força e garra para percorrer esse trajeto diariamente, e mais ainda ser sagaz para renascer toda manhã sorrindo para celebrar o espetáculo da vida.