uma questão de estilo gerencial

Por: Francisco Schmitt

A equação é simples e intrigante ao mesmo tempo: por quê os fatos acontecem desta ou daquela maneira? Dá certo com uns, errado com outros. Este livro enfrenta a questão depois que William J. Reddin, saudoso professor da Universidade de New Brunswick, Canadá, desenvolveu estudos e pesquisas culminando no estudo profundo sobre eficácia e ineficácia.

O assunto devidamente desenvolvido, em principio, foi importado com toda pompa pelo Brasil, resultando nos conhecidos Seminários de Eficácia Gerencial levados sob versão de Tekowam de São Paulo, um sucesso ao longo de toda década de 80 e aperfeiçoado na de 90 em diante. O autor, enquanto jovem, submeteu-se a um deles, embora caro. Sua vida profissional sofreu sensível melhora e a pessoal não lhe ficou atrás, sentindo-lhe os efeitos positivos (eficazes) sobre suas ações até hoje.

Mas afinal, do que se tratou? Basicamente, lidar com diferentes situações. Parece simples, o que é verdade. Mas a metodologia e terminologia para definir com precisão certos comportamentos e procedimentos do agente, ora eficazes, ora ineficazes, levando em conta sempre a situação – que aqui se aprende a ler -- é que acabaram por fazer a diferença na prática.

Depois disso, o autor aprofundou-se no assunto à sua maneira, menos sofisticada, mais objetiva, adaptada à realidade brasileira, ministrando inúmeros Seminários de Eficácia Gerencial dentro das empresas.

A propósito leia o depoimento do presidente de uma delas publicado na contracapa, depois de todo seu corpo dirigente e segundo escalão assimilarem as teorias de Reddin, via sucessivos seminários.

Esta pequena obra foi escrita pensando especialmente a quem interessa dedicar-se ao tema, mesmo de forma solitária. Ela trata do que são os quatro estilos eficazes básicos, em linguagem acessível, intercalada sempre por fatos tais como acontecem em situações práticas; e em seguida os quatro correspondentes estilos gerenciais ineficazes, com a mesma clareza.

A forma como o tema vêm aqui desenvolvido, presta-se à prática de autotreinamento interno na empresa, podendo envolver grupo fechado entre seis e dez integrantes da mesma, assimilando e discutindo entre si o que o livro sugere, com pronta aplicação sobre as situações se passando ali no seu próprio ambiente profissional, e, de resto extensivo à procedimentos na vida privada.

Exemplo ilustrativo, em forma de metáfora, explicando eficácia na versão das teorias de Reddin e seus efeitos no organismo interno da empresa, seria comparará-lo, em situação prática, aos efeitos de providencial lubrificação de motor “batendo biela” por falta de óleo, na iminência de fundir. Com a providência, seria salvo, por certo, da destruição, prolongando-lhe a vida útil. A eficácia da lubrificação, no caso, equivale à aplicação dessas teorias na gestão pelos agentes, no gerenciamento de atos e ações derivando eficazes.

Por fim, o leitor acabará mais consciente sobre o que seja a expressão “fazer acontecer” com mão e contramão, isto é, colhendo bons ou maus resultados de cada ação, demonstrando afinal, de onde nasce o sucesso ou fracasso. Daí é bom, e sai barato.