Por: Marcelo Torca

Boateiros

O Pescador

A Dengue

Peão: Um Trabalhador Rural

O Trem

Conspiração

Quando acordei, já estava envolvido no esquema, não tinha mais por onde fugir, era tarde demais, meu nome é João Alves, morador de Paulicéia, enfermeiro do Centro de Saúde e residente na rua Mato Grosso, 1846. Quase todos os dias fazia a mesma rotina, levantava cedo, tomava um café bem preto e ia para o serviço a pé, gostava de andar para manter a forma física, magro e esbelto, caminhava cinco minutos e já estava preparado para começar a minha rotina diária, logo cedo haviam pessoas vindas de diferentes partes do município, todas com pressa e ansiosas para terem um bom atendimento médico, algo um tanto utópico, pois no anseio de ter um padrão de vida adequado, esquecia-se de tratar o paciente como ser humano, e esse era tratado como coisa, ou algo estatístico. No primeiro momento até poderia ser considerado como um desrespeito a humanidade, porém, tudo era encarado com naturalidade, pois não haveria mudanças no esquema, mesmo com reclamações.