Por: Petronio Caldas
“Buracos Vazios” é uma obra ímpar, rara, desirmanada, onde a sui generis se faz clara, sem par, onde o Poeta derrama suas observações, ponderando sua glosa de uma maneira ora tempestuosa e abespinhada, mas na maioria das vezes se derrama em cascatas de sentimentos afáveis, afetuosos, sinceros e cordiais.
Há notoriamente o místico em seus poemas, mas de uma maneira sutil, onde o Poeta se faz caminhante das buscas telúricas, dos misteriosos segredos do ser, e essa busca, ele o faz perquirindo a si mesmo, num mergulho profundo de introspecção, onde embarca em uma viagem anímica, esquadrinhando minuciosamente cada recôndito do oceano do seu espírito.
O amor fica evidente em cada página, por vezes é um amor desejoso, ardente, apimentado, excitante, mordaz e urgente, por outras é um amor doce, galanteador e poético, mas em um quanto em outro nota-se a intensidade ardorosa e fremente com a qual o Poeta se expressa a cada linha, o que faz-nos pensar na imensurável sensibilidade que foi entornada em cada página desta obra, sensibilidade esta que somente as almas verdadeiramente poéticas possuem e sabem os caminhos pela qual a transmitir.
Livros com menos de 70 páginas são grampeados; livros com 70 ou mais páginas tem lombada quadrada; livros com 80 ou mais páginas tem texto na lombada.
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