Por: Claudio Donato
Acostumados a agir e pensar automaticamente,
nós nos dispensamos diariamente da tarefa de
pensar. Tal dispensa ou recusa nos equipara a
autômatos programados a responder ou
corresponder a estímulos ou apelos.
Inconscientes de nosso lugar no mundo,
seríamos ainda capazes de pensar? E mais,
seria possível ainda, num mundo dominado
pela técnica e pelas tecno-logias, algo assim
como a liberdade ou, pelo menos, o
pensamento sobre a liberdade?
Paradoxalmente, diante da falta de pensamento
e da falta de liberdade, somos obrigados pelos
fenômenos mesmos, neste caso pelo fenômeno
da ausência de pensamento e de liberdade, a
pensar e a vislumbrar, pelo pensamento sobre
a liberdade, alguma forma de liberdade.
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