Por: Vários Autores

Em primeiro lugar neste livro temos o compromisso de preservar o nome das instituições aqui estudadas, para não expor pessoas, servidores, estudantes e gestores. Também, esse compromisso responde a uma questão ética da qual não podemos nos furtar.

Ao mesmo tempo, não nos furtaremos de aqui relatar casos por nós pesquisados, nos quais abusos contra a arte-educação e contra os estudantes acontecem em escolas técnicas, com educandos do ensino médio.

Os relatos que se seguem foram produzidos com base em pesquisas nos sites das instituições, bem como em contato com estudantes e professores.

Vários autores participaram desse projeto, militantes ou não da arte na escola, mas todos comprometidos com uma educação com qualidade, integral e humanizadora.

O livro está organizado de modo a ser informativo sem abusar da linguagem acadêmica, mas ao mesmo tempo buscou-se contextualizar cada caso com o devido cuidado.

No Capítulo Um, traremos os casos de escolas técnicas que acabam abusando da arte-educação, fazendo usos dela diante dos quais não podemos nos silenciar.

No Capítulo Dois, debatemos sobre a prática de contratos temporários e precarizados de professores de arte e a ausência de vagas para arte-educadores nos concursos do Centro Federativo de Educação, entre os anos de 2011 e 2018.

No Capítulo Três, concentrar-nos-emos na questão do direito à arte-educação no ensino médio. Parece-nos que esse debate interessará diretamente ao estudante, visto que discute alguns pontos controvertidos em torno da educação profissional.

No Capítulo Quatro, debatemos a relação entre o conceito de capital cultural e a contribuição da escola para compensar aos jovens estudantes vivências e repertórios nem sempre acessíveis na vida familiar. Isso em função de variados fatores, os quais devem ser lidos de modo cauteloso para se evitar generalizações descabidas.

Nas Conclusões, fechamos o debate e destacamos os pontos que julgamos mais relevantes desta obra.

Acreditamos que este livro é endereçado, principalmente, a todos os estudantes de escolas técnicas, sobretudo, ao movimento estudantil, como forma de proposição do debate. São os estudantes que devem agir em favor de suas conquistas, vendo na arte um direito que é de todos no ensino médio.

Os Autores