Por: Maria Cristina Andreazza Costa

Tudo corria bem à família De Paula, até o início do ano de 2020. Os cinco integrantes e a antiga babá, Arlete, que também era considerada um membro da família, viviam na mais perfeita harmonia, a não ser pelos corriqueiros desentendimentos da filha adolescente, Andressa, com o irmão mais velho, Lucas, e com os pais, Ari e Amélia. Durante os primeiros meses do isolamento social, devido à pandemia causada pelo novo coronavírus, todos se adaptaram facilmente à nova rotina. A velha tia Florença, farmacêutica aposentada que passou a morar com eles após o falecimento do marido, estava animada com todos em casa e voltou a se interessar pela manipulação de medicamentos e loções faciais. Com o passar dos meses, entretanto, a família começa a se desentender, demonstrando impaciência e irritabilidade uns com os outros. Então, resolvem fazer um churrasco de confraternização, em que o sócio de Ari, a noiva de Lucas e a amiga de Andressa também são convidados. Contudo, o que deveria ser um dia animado e feliz, acaba numa tragédia, em que quatro dos participantes são envenenados. Para desespero de Andressa, seu diário, onde descrevia toda a sua mágoa com a família, é descoberto pela polícia.