Por: ALESSANDRO ERIVELTON
Existem evidências históricas de que os cristãos da Igreja Primitiva estavam bastante familiarizados com a leitura do Livro de Enoque (ou I Enoque). Embora haja fortes indícios de que a Carta aos Hebreus e a Segunda Carta de Pedro possuam elementos textuais contidos em I Enoque, é na Carta de Judas que encontramos uma referência clara e explícita aos escritos de Enoque. Nesta carta se encontra registrado que “Enoque, o sétimo a partir de Adão, profetizou acerca deles: "Vejam, o Senhor vem com milhares de milhares de seus santos, para julgar a todos e convencer a todos os ímpios a respeito de todos os atos de impiedade que eles cometeram impiamente e acerca de todas as palavras insolentes que os pecadores ímpios falaram contra ele" (Judas 14, 15). Após a realização do Concílio de Laodiceia (364 d.C.), a Igreja Católica Apostólica Romana se posiciona de forma contrária ao Livro de Enoque e este começa a sofrer forte rejeição por parte do Cristianismo Ocidental. Apesar disso, podemos facilmente constatar que a narrativa presente em I Enoque pode abrir portas não só para o entendimento das crenças presentes na sociedade judaica do primeiro século da era cristã, como também para a própria compreensão dos escritos canônicos. O Livro de Enoque Comentado à Luz da Bíblia se propõe justamente a se constituir nesta ferramenta prática capaz de auxiliar o leitor a promover uma correta inter-relação entre o conteúdo histórico e profético presente no Livro de Enoque e os ensinos contidos na Bíblia Sagrada.
Livros com menos de 70 páginas são grampeados; livros com 70 ou mais páginas tem lombada quadrada; livros com 80 ou mais páginas tem texto na lombada.
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