De seringal a município
Por: Jamescley Almeida de Souza
O livro conta a história de Canutama: desde as suas origens até à sua elevação à categoria de Vila, nomenclatura equivalente hoje ao status de município. Entre as origens e a fundação da Vila, Canutama passou pelos estágios de seringal, subdistrito, distrito e freguesia. Daí o título ser Canutama: de seringal a município.
Na busca por compreender os primórdios de Canutama, recuo no tempo. Viajo centenas de anos atrás, época em que o Purus não se chamava Purus, mas Cuxiuara. O nome provinha da tribo que morava em jangadas às suas margens; todas as outras nações indígenas, sobretudo as do Solimões, quando falavam dessa tribo principal, assim se referiam a esse rio: Cuxiuara.
O status de distrito foi concedido a Canutama somente em 4 de julho de 1878, o que significava, entre outras coisas, que agora o lugar iria contar com um delegado responsável pela sua segurança e que registraria os seus nascimentos e óbitos. Com a chegada de levas e mais levas de “cearenses” para trabalhar na faina do látex, a preocupação com a ordem nos seringais do povoado se tornou uma das iniciativas mais necessárias e urgentes por parte das autoridades da província.
Proclamada a República, as autoridades do Estado do Amazonas pareciam ter urgência em transformar povoados em vilas. Tal foi o que ocorreu com Canutama em 1891, quando a Lei nº 22 de 10 de outubro elevou a Freguesia de Nossa Senhora de Nazareth de Nova Colonia de Bella Vista à categoria de vila, com o nome de Villa de Canutama.
A instalação da vila ocorreu de modo simples e precário: Raymundo Gomes de Araújo havia sido designado pelo governador Eduardo Ribeiro para vir à freguesia dirigir o evento solene; todavia, houve atraso no vapor que trazia a comitiva. Isso fez com que a instalação acontecesse somente uma semana depois, isto é, após o dia indicado pelo chefe do poder executivo do Amazonas.
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