Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa. Literatura e Psicanálise
Este livro tem por objetivo analisar e refletir sobre o romance Grande Sertão:
Veredas; na obra, é como se o narrador-personagem, Riobaldo, fizesse uma
análise psicanalítica com o doutor que o escuta, uma vez que alguma questão
o faz sofrer ao longo de sua travessia pelo sertão e pela vida: Diadorim. O
relato dos casos mostra que a direção da cura vai sendo desenhada pela
produção de significantes. Simultaneamente, tal travessia é ilustrada com os
ditos – significantes rosiano – do livro Grande Sertão: Veredas e outros como
pesquisar as noções de memória e esquecimento. Ao estabelecer relações
entre Literatura e Psicanálise, no que diz respeito ao texto função paterna. Uma
vez psicanalista me deixa com os olhos e a mente cheia de novas
possibilidades, novas dúvidas e novos sintomas familiares, nas
contratransferências ou mais desconfiado que Riobaldo o senhor saiba: eu toda
Na minha vida pensei por mim, forro, sou nascido diferente. Eu sou eu mesmo.
Eu quase que nada sei. Dirijo-me à obra de Rosa na tentativa de ir ao encontro
de uma resposta para uma pergunta que inquietava Freud. A tensão entre a
travessia e a melancolia insere-se tanto nos aspectos históricos e coletivos da
rememoração – no testemunho do narrador sobre a cidade que vem acabar
com o sertão – como nos entraves para atravessar o trauma relacionado à
Diadorim. Partindo da ideia de que o sujeito só se revela, é natural que se
estabeleçam os elos entre crítica literária e psicanálise. Desse modo, sendo o
texto lugar de subjetividade, o literário é visto aqui como local privilegiado de sua revelação, através dos recursos retóricos. Assim, a pesquisa busca apontar uma leitura do romance Grande Sertão: Veredas, tendo por base o instrumental psicanalítico.
Livros com menos de 70 páginas são grampeados; livros com 70 ou mais páginas tem lombada quadrada; livros com 80 ou mais páginas tem texto na lombada.
Deixe seu comentário: