DOUTRINA ESPÍRITA

Por: SILNEY DE SOUZA

O conceito do magnetismo não é novo. No Ocidente ele foi mais amplamente estudado por Mesmer nos idos de 1700 e vastamente aplicado por magnetizadores daqueles tempos. Conta a história que o próprio Kardec (Codificador da Doutrina Espírita), desenganado pelos médicos de sua época em razão de uma amaurose que fatalmente o levaria a cegueira, foi curado por um magnetizador e também ele se tornou um grande magnetizador, por mais de 35 anos.

Em seu livro denominado "Mesmer - A ciência negada e os textos escondidos", Paulo Henrique Figueiredo (que também proferiu palestra sobre o tema aqui em Bragança Paulista a nosso convite) nos traz as obras de Mesmer em sua íntegra, obras essas perdidas por mais de dois séculos.

Correndo o risco de não ser completo e preciso em minha explicação, em resumo, a técnica do Magnetismo define a aplicação dos seus passes focando a harmonização dos Centros de Força (também conhecidos como Chakras), levando em consideração alguns conceitos básicos. O primeiro deles é o sentido da aplicação, que sempre deve ser de cima para baixo, ou melhor explicando, no sentido da cabeça para os pés. Outro conceito importante é o da velocidade da aplicação dos passes, ou seja, movimentos de até 3 segundos de aplicação, considerando-se o percurso da cabeça aos pés, dispersam as energias. Se superiores a 3 segundos as concentram. Por fim a proximidade. Passes aplicados a uma distância de até 25 cm do corpo do assistido são ativantes. Em distância superior a esta vão se tornando calmantes. Esses conceitos certamente não resumem toda a técnica, no entanto, a literatura sobre o tema nos explica que o sucesso da aplicação dos Passes Magnéticos, que exige estudo e aprofundamento para um melhor entendimento, depende de um ingrediente indispensável, qual seja a Vontade, derivada do verdadeiro amor em auxiliar ao próximo.

Assim como ocorreu conosco, sei que muitos irmãos que estão na Doutrina Espírita desconhecem o assunto na profundidade devida e que alguns outros questionam a sua vinculação com o Espiritismo. No entanto, lembro frases do nosso Codificador que deixou muito claro que o Espiritismo e o Magnetismo são ciências irmãs. Destaco ainda que a obra de Allan Kardec faz vasta menção ao tema que certamente carece de maior estudo e aprofundamento pelo meio espírita.

Outro fato que merece destaque são os excelentes resultados que vêm sendo alcançados no tratamento e na cura da Depressão por meio da aplicação das técnicas do magnetismo.