Por: Paulo Sérgio Rosseto

Escrevi o poema “PRÉDICA DO APRENDIZ” num final de tarde muito especial, enquanto aguardava o retorno de alguns profanos que peregrinavam pela masmorra compondo o próprio testamento, guiados pela absurda escuridão.

Apesar de eu estar ali debaixo do sólio, no trono de Salomão, desfrutava também, naquele exato momento, da mesma absurda solidão.

Voltei bons anos no tempo, quando também por ali tive o privilégio de andar.

Me vi descalço e desnudo diante do infinito, porém com a absoluta certeza de mergulhar na riqueza da simbologia e num vasto oceano filosófico que me fariam melhor. Assim naveguei e sobrevivi aos naufrágios dos quais a vida me ensinou a emergir.

Outras reflexões em forma de versos foram surgindo ao longo dos anos, dos dias, dos degraus vagarosamente sabidos subir. Por isso reuni toda essa poesia aqui, para servir, que foi o que aprendi a fazer, e fazendo aprendi.

Obrigado por ser parte da minha história e tornar minha vida mais rica e feliz.