Por: MARCOS ROBEIRO DE MAGALHÃES

(ROMANCE)

Pessoas há que surgem em nossa vida e dela participam, ornando-a de cicatrizes representadas por lembranças ora alegres ora desagradáveis. Em Goiás, região onde por muitos anos habitei, inúmeros parceiros de trabalho auxiliaram-me, emprestando-me experiência e ensejando-me emoções nos moldes em que sempre as desejei. Deles restaram-me lembranças e as aproveitei no relato e descrição de suas personalidades e histórias. Como destaque principal dessas histórias restou a interessante vida de Balduino Rosa, o Badu, a intemperança de “JP”, o”Caçador de Homens”.

Badu foi um perseguido do destino. Suas agruras fizeram-no um descrente quanto à justiça e bondade de Deus, a quem contestava com muita veemência. Caçou homens e os matou, da mesma forma que caçava a paca arisca ou a onça carnicenta que lhe desinquietava as noites, no interior da mata onde exerceu parte de sua vida como caboclo, como mateiro solitário.

“JP” foi adversário a quem minha presença e minha atuação, incomodavam. Perseguiu-me, tencionando eliminar-me, sob a alegação de que não concebia “pudessem dois galos, cantarem em um só e mesmo terreiro”. Era um “caçador de homens”. Foi um dos frutos sazonais brotados e desaparecidos “Nos Sertões de Goiás”.