(...) era, no melhor e mais gostoso tom da palavra, uma cachorra.

Por: Breno Ferreira Da Silva

"(...) na mente do homem não há respeito nem lei definida (...)". Com essas palavras, Eustáquio revela toda perturbação que o acomete.

Eustáquio é um homem banal, um rapaz fracassado que nunca conseguiu na vida capturar o amor, bem como não conseguiu fotografar um relâmpago. Seu pai, posto que representasse bem o fracasso na vida com as mulheres, sempre o vexava para que ele encarnasse e esculpisse em sua própria imagem a personalidade de "raparigueiro".

Mas o seu sucesso é vão, e se deve, em grande parte, ao dinheiro e à falta de integridade das mulheres que se vendem a ele.

Embora a forma apresentada seja extremamente politicamente incorreta e repleta de críticas a tudo que o jovem pudesse fitar, traz à tona a grande obsessão de Eustáquio: Amália.

Amália que é uma vendedora de eletrodomésticos e uma pessoa carismática. Sua maior qualidade, segundo ele, era o seu gosto por mulheres. E ele, extasiado e possesso, começa a fantasiar os mais absurdos fetiches e cenas com Amália, que, para ele, era "uma cachorra", no melhor e mais gostoso tom da palavra.

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