Por: Ana Luiza Bozollan Ferreira

Azura cresceu em Petrichor, uma ilha isolada das demais Terras de Awa. Seu povo, que ela aprendeu a chamar de família, desfrutava de uma vida pacífica e cheia de fartura, rica em sua própria cultura e abençoada por Sonca e Marama, os Deuses do Sol e da Lua. Ela cresceu, sob influência e ensinamentos do pai, aprendendo a lutar e a ser forte. Nunca precisou usar tais habilidades até a noite em que completou vinte anos.

A coroa na cabeça de um tirano, cujo único amor que aprendeu a cultivar é pela família.

Uma profecia que promete lhe arrancar tudo.

Uma lei que proíbe todo um reino de ter um segundo filho nascido homem.

A carnificina que Sohlon prega por suas terras.

Azura é movida pela vingança.

Quando se vê obrigada a deixar tudo e todos que ama para perecerem nas chamas de Petrichor, descobre os infortúnios que o rei despejou para além das fronteiras de sua terra natal.

Um objetivo em comum faz com que aliados improváveis se unam nas intempéries de destinos turbulentos. Fugitivos, rebeldes, revolucionários, condenados apenas por serem como são.

Seria o repúdio pela coroa a força necessária para um povo derrubar uma dinastia tirana?