O dia a dia de um ACS e as histórias familiares de um território

Por: IVANILDO SOARES MIRANDA

Este livro conta a história de famílias, moradoras de um território, cidade capital do Sudeste do país. Suas mazelas, amores, desamores, frustrações, como também felicidade. Tudo isso contado de uma forma diferenciada e olhar diferenciado. Uma visão vinda de um profissional da ESF – Estratégia de Saúde da Família -, Atenção Primária do SUS: ACS -Agente Comunitário de Saúde -.

Uma comunidade com disparidade, enfrentando seus próprios preconceitos, suas limitações e ignorância em muitos casos. Mas, mais que isso, a história individual de muitas famílias, que vai muito além do que somente a saúde em si. Ou seja, a saúde tradicional que conhecemos, a saúde física. Como também a saúde social, psicológica. Na verdade, a falta delas.

Toda a caminhada e a dificuldade de um ACS para adentrar no seio familiar composta por indivíduos, seus pensamentos e sentimentos individuais.

O entendimento de uma realidade social que somente um profissional da saúde como o ACS poderia compreender e desbravar todas as mazelas se infiltrando em um mundo que nenhum profissional mais conseguiria. Dessa forma e a partir desse ponto, pode apoiar e demonstrar aos demais profissionais da Estratégia de Saúde da Família, a verdade por trás dos fatos e conseguir de uma maneira eficaz ajudar todos os indivíduos necessitados e vulneráveis do território. Claro que a “infiltração”, neste caso, tem o significado de “aceitação” das famílias.

Além de todo o contexto territorial e as famílias ao qual acompanhei e me relacionei como profissional da saúde, este livro também tem o intuito de explicar como funciona verdadeiramente a Atenção Primária, na Estratégia de Saúde da Família, enfim, como funciona o SUS. AS formas de abordagem e como os protocolos são seguidos para que funcione de maneira a atender, principalmente as famílias mais vulneráveis. Dessa forma desafogando o sistema secundário e terciário, como os hospitais e PAs e assim cuidando melhor da população local, não deixando que saiam do território por causas mais brandas e que possam ser sanadas na própria comunidade através das Unidades Básicas de Saúde.