Por: Caio Fernando Nicolette

Apresento aos leitores uma história forte, cujo principal pilar é a busca desesperada pelo amor em uma época de terror e atrocidades. Os capítulos da primeira fase são de longe os fachos de ficção mais tristes que um dia pude escrever. E não voltaria a escrever algo assim novamente. Teremos a segunda guerra mundial e, em seguida, a transição para quase cem anos à frente. Este é definitivamente um ponto de reflexão para mim. Grande parte da história terá seu alvo negro, sem ser um relato. O tempo e espaço no qual as coisas acontecem nesta história propõem um ambiente sombrio, acentuando exatamente aquilo que a trama deve passar ao leitor. Melodrama conta com o Resumo Prévio, que consiste em poucas linhas acima dos capítulos, resumindo o que acontece.

A história começará durante a época da segunda guerra e se estenderá até os dias de hoje. Na pele de um fuzileiro nazista, nosso protagonista é obrigado a reduzir o excedente populacional de judeus que vê passar diante de seus olhos, nos campos de concentração para os quais é enviado. Ele é nascido judeu também, algo que mantém oculto a sete chaves. Logo, temos um genocida contra seu próprio povo. Após a morte, encontra-se carregado, aprisionado e encarcerado por todos que matou, por todo sangue que carrega consigo. Como libertar-se do fardo de culpa? Após muita análise por parte das esferas superiores, seu espírito é sentenciado a viajar.

Muitos anos depois, encontra-se Nathanael, um adolescente de dezoito anos, cursando uma faculdade, vivendo uma vida, superando conflitos. Mas todas as noites têm sonhos, nos quais vê a si próprio vestido como soldado. E matando a todos que passam diante de seus olhos. Como superar, como se libertar destes sonhos? Como calar o melodrama da alma para sempre?