Por: ADEILSON NOGUEIRA

Quantas vezes eu me sentei e observei a linha tênue do teu rosto enquanto lia o primeiro rascunho de um poema sobre meu amor por ti?

Carrego em minha memória recordações de quando estivemos lado a lado em lugares brilhantemente iluminados com aquela consciência indescritível da presença um do outro.

Que belo par formamos, que contraste! Tua aparência fazia uma divisão no mundo: uma parte ficava fascinada, enquanto a outra era devorada pela inveja por teu sorriso.

Será que essas linhas vão encontrar teus olhos enquanto você vagueia inquieta pelo teu vasto mundo? E se encontrarem, elas vão renovar memórias de juventude e prazeres; ou apenas feridas?

Eu não posso pedir o teu amor. É um crime. Não pode ser que um amor tão profundo como o meu falhe em te manter como um vinho.

Que você possa prosperar sem a carícia de minha alma, sem mim...