Por: Patricia Garcia Guilardi, Manoela Rodrigues, Adriana Ferreira da Silva, Maryana Schwartzhaupt de Matos e Letícia Silva Ribeiro

A estrutura da pele sofre agressões causadas pelos efeitos adversos dos

tratamentos utilizados nas doenças hematológicas como a radioterapia e a

quimioterapia. Dessa forma descaracterizam a pele do paciente que precisará

ser avaliada e acompanhada para prevenir danos as suas camadas mais

profundas. A ruptura da barreira da pele na inserção de cateteres venosos

ganha destaque no cuidado devido ao risco aumentado de infecção de corrente

sanguínea, por isso o cuidado com as trocas de coberturas e a prevenção de

lesões adjacentes ao cateter são fundamentais. Além disso, outros sinais

potenciais de lesões são o ressecamento, descamação, prurido, vermelhidão,

acnes, áreas ásperas, áreas com sensação de pele emborrachada sem turgor

e áreas sem sensibilidade. A região anal e períneo também sofrem com

assaduras, fissuras e plicomas. Qualquer lesão de pele, por menor que seja,

em pacientes submetidos a quimioterapia em altas doses como nos limfomas e

leucemias que apresentam posterior neutropenia são focos importantes de

infecções. O cuidado de enfermagem é o mais próximo e íntimo dos pacientes,

por isso a inspeção diária de toda pele incluindo áreas íntimas é fator

determinante na prevenção e no tratamento precoce de lesões decorrentes de

protocolos antineoplásicos.