O livro da água
Por: Andreia Caires
Todos os momentos ao lado de meu pai foram bons e especiais. Desde o dia “que me entendo por gente” até seus últimos dias de lucidez no hospital. Ele sempre me tratava da mesma forma, com carinho e respeito.
Como sei que esse meu luto não vai passar assim tão rápido, arrisquei-me escrever e colocar pra fora todo o sentimento que há dentro de mim e, cheguei a uma conclusão que outrora eu não me dava conta. Tudo o que sou hoje, toda essa minha insistência em viver, vencer e não desistir dos meus sonhos devo ao meu pai. Por ter me tido como sua filha amada, ainda que errante muitas vezes mas, meu pai sempre procurou entender e amar-me acima de tudo. Sinto falta do seu abraço, do seu jeito de falar, dos momentos que assistíamos algum programa de TV e ele gargalhava numa pureza que só ele tinha.
Fui sua “Filha pródiga” certa época. Aquela que voltou pra casa arrependida e tive de meu pai o abraço mais sincero de toda minha vida. Sem questionamentos, sem olhar reprovador, apenas me amou!
Então, sinto-me na obrigação de evoluir como pessoa, assim como ele era evoluído e sábio na sua bondade e paternidade.
Travo uma batalha gigante dentro de mim para seguir em frente e, assim quem sabe ser como um rio que não questiona e, apenas obedece o seu curso.
Livros com menos de 70 páginas são grampeados; livros com 70 ou mais páginas tem lombada quadrada; livros com 80 ou mais páginas tem texto na lombada.
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