Por: Lucas Banzoli
Desde os tempos mais remotos em que podemos encontrar civilização e lei, as mulheres têm sido consideradas com desprezo pelos “intelectuais” de cada época e não raramente tratadas como um mero objeto nas mãos do homem; uma propriedade à mercê daquele que tinha sobre ela poder de vida ou morte. Em alguns casos, isso era bem literal: o marido tinha autoridade para espancar a esposa e até matá-la, dependendo do nível da “desobediência”. Em outros, toda a vida das mulheres era cercada por leis restritivas que as excluíam dos direitos mais básicos e da liberdade de fazer coisas tão simples quanto sair de casa.
“A História da Misoginia” é uma tentativa de compilar de toda sorte de códigos de leis, livros sagrados e obras de filósofos, teólogos, políticos, poetas, dramaturgos, cientistas e psicanalistas que testemunham essa pobre condição da mulher no mundo antigo – abrangendo um período que vai desde a Antiguidade até o final do século XIX e atravessa regiões tão remotas quanto o Antigo Oriente Próximo, Índia e China, passando por Roma e Grécia e pelas principais religiões mundiais (incluindo o Islã, o Budismo, o Hinduísmo, o catolicismo medieval e o Judaísmo rabínico, sem poupar os pensadores secularistas do século XVIII em diante).
Livros com menos de 70 páginas são grampeados; livros com 70 ou mais páginas tem lombada quadrada; livros com 80 ou mais páginas tem texto na lombada.
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