Por: Rodrigo Sevilha
É o próprio Deus Vivo quem condena a Teologia Dogmática de vez que nenhuma criatura poderia ter o poder de fechar o conhecimento das coisas sagradas num sistema definitivo, e a vida da Fé verdadeira requer uma concepção aberta em espírito de aprendizado e confiança sem garantias, ao modo típico da relação amorosa com o Criador.
Acontece que esse modo realista, necessariamente provisório, de viver em resposta contínua à direção do Espírito Santo, a vida na Presença, não pode constituir fonte de poder e autoridade para o governo da sociedade. Isto quer dizer que aqueles que são os descendentes dos traidores da Aliança de Deus, e que são tipicamente os continuadores desta Tradição de usurpação, têm o desafio de administrar uma sociedade cuja disposição à obediência pode ser muito convenientemente afetada pela presunção de autoridade espiritual. E tal situação leva o poder temporal a buscar suporte, usando de todos os elementos corruptores que lhes são comuns, no poder espiritual que deveria servir apenas para o convencimento das consciências dos homens livres.
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