Por: TS Martins

E se você descobrisse que seu corpo foi feito para viajar entre diferentes dimensões e atingir diferentes estados? Ou que o canto é capaz de curar sua alma? Você acredita que a humanidade poderá um dia alcançar a iluminação?

Com uma escrita envolvente, TS Martins relata a jornada de despertar e ascensão espiritual de Val, mãe solo que, ao realizar uma descoberta fundamental, poderá transformar todo o seu destino.

Através de mudanças em si mesma, Val se vê capaz de recriar o mundo em que vive não apenas para si, mas para sua família e, em última instância, para toda a humanidade, com a ajuda de meditação, frequências sonoras e até do universo espiritual.

Desde a descoberta de um câncer na garganta até sua voz desabrochar no canto, o romance reúne ensinamentos que auxiliam Val em sua jornada no caminho do autoconhecimento e redescoberta da sua espiritualidade.

A história de Val divide espaço com a de Rodiney, que combina as qualidades de padre e cientista para criar uma máquina única, capaz de extinguir a matéria a partir de uma frequência vibracional.

“Não devemos nos deter muito nos sofrimentos anteriores de Val, justamente porque ficaram em outro passado, ao qual ela não correspondia mais. Mas vocês poderiam perguntar: como ela havia chegado até ali se não através do próprio passado? Há momentos na vida quando as mudanças levadas a cabo são tão profundas que são da ordem de um milagre e impelem a reordenação dos tempos, quando não apenas o futuro pode se diferenciar do que vinha sendo esperado, como também o passado se separa do que já foi.”

“...Val havia buscado elevar as suas vibrações por diversas maneiras. E a forma mais simples encontrada por ela havia sido cantar, embora não apenas: música, dança, meditação, leituras e estudos, reprogramação neurolinguística, hipnose, acupuntura, chi gong, yoga, reiki, shiatsu, exercícios físicos, massagem, praia, sol... Quem atingiu o fundo do poço é obrigado a se valer de algumas técnicas a fim de evitar uma recaída. De pouco em pouco, os efeitos haviam sido estes descritos, e Val estava sendo capaz de reconfigurar o seu ser inteiramente. E tudo isso estaria de acordo com o propósito levado a cabo, não fosse que, nesta nova conjuntura, todos, e não apenas Val, pareciam estar vibrando em uma frequência mais alta. E ninguém surgia para contrariar as novidades, que se revelavam como um novo destino comum.”

“A consciência da pedra se estende através dos tempos, lentamente. O tempo da pedra é o tempo moroso da sua frequência dura. A pedra está completamente presente, vagarosamente imutável. Para meditar seja pedra. Pois assim como a noite é mais escura quando está mais próxima a aurora, e assim como o sofrimento é mais intenso próximo à salvação, assim também a pedra está mais perto da luz. Para ser luz chegue a ser pedra, passe pelo terror da pedra, sinta a alegria da pedra, seus anseios, conheça suas limitações e, finalmente, transcenda a pedra, assim como a pedra o faz. Pois para a pedra essa é a única opção que lhe resta: transcender seu estado rochoso. A pedra ensina calada, parada, aparentemente sem nada fazer, mas somente após adquirir o conhecimento da pedra é que o homem poderá ascender.”