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Por: Lucio Homero Visentini

Uma história de amor com raízes no campo, e que certamente algum intelectual mais atento, trataria como um romance caipira. Um peão de estância e a filha do fazendeiro mais poderoso da região, vão viver uma aventura acidental, porém avassaladora. Jurandir Edgar Ferreira acaba levando a sua paixão por um caminho sem volta, trazendo consequências catastróficas para todos. Enquanto Maria Cecília descobre-se apaixonada pelo seu modo aparentemente bruto, seu pai sairá atrás da filha, para resgatá-la dos braços do peão mais temido da fazenda. O que acontece depois é uma tragédia com consequências irreparáveis. Em 1972, um fato instaurado nos cafundós do Rio Grande do Sul, e consequentemente encerrado num bairro decadente de Porto Alegre, originou a fábula de Jurandir EdFerro, sujeito que teve por duas vezes próximo da morte, e foi salvo por algum milagre que nem a ciência consegue explicar. Sua estrutura óssea, mais pontualmente o osso torácico, conhecido por esterno manúbrio, serviu-lhe de escudo para agressões de armas de fogo e lâminas de aço.